Neste comentário, vou ser breve.
Trata-se da mais recente polémica, surgida nas comemorações do 10 de
junho em Peso da Régua, quando o primeiro-ministro António Costa se indignou
com o que viu nos cartazes com que o confrontaram. Indignou-se, fez questão de manifestar
o seu repúdio. Eu faria o mesmo que ele.
Embora os cartazes já andem por aí desde fevereiro (segundo dizem os
mais atentos), não me parece uma forma de reivindicar, quando se utiliza aquilo
que fere e achincalha a figura humana, um primeiro ministro ou seja ele quem
for, com um focinho de porco e com lápis espetados nos olhos.
Fui cartunista e caricaturista ao longo de oito anos, num semanário
político de Lisboa, posso dizer que passei à crítica, da direita à esquerda,
passando pelo centro, sem ultrapassar a linha vermelha do decoro e da decência.
Com o achincalhe, o autor sai sempre a perder.
Abuse-se da caricatura de estender o nariz a quem o tem maior, mais
abatatado, o queixo mais proeminente ou a forma de cabelo, os olhos bugalhudos,
ou seja, todo o exagero que transfigura o caricaturado deixando-o identificado ao
primeiro olhar. Mexer no rosto daquela forma, se bem que ao abrigo da
liberdade, não concordo.
Se pensarmos que este cartaz veio do meio de quem educa, não escrevo
mais nada, porque prometi ser breve.
Concordo plenamente... como professor nunca poderia subscrever tamanho disparate. Abraço amigo
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