segunda-feira, 25 de maio de 2020

O SÃO TOMÁS DE INGLATERRA


Há no reino Unido um senhor chamado Dominic Cummings que lutou pelo confinamento do Reino Unido, separando-o da União Europeia, e tem o desplante de fazer coro com o seu chefe de fila, Boris Johnson, impondo o isolamento dos súbditos britânicos nesta espécie de brexit-covid, acabou por ter uma atitude pitoresca e punível. Para mais, ainda desaconselha o contacto de netos com os avós, como aliás se passa por todo o mundo, por prevenção, mas arejou a prática e fez o contrário do que recomendou.
O que fez então o Dominic para me fazer perder tempo com ele?
Ora, precisamente o contrário do que exigiu aos ditos súbditos de Sua Majestade. Em pleno confinamento, este assessor de Boris, afectado e testado positivo para o Covid 19  (e a mulher também), viajou com a esposa 400 km até casa dos pais para entregarem os filhos à guarda dos avós. Nem sequer os 7 dias de isolamento, sem saídas sequer para comprar bens essenciais, exigidos pelo seu Governo, ele cumpriu. E vêm estes anglo-saxónicos exigir 14 dias de quarentena a todos os que entrem nas ilhas britânicas?
Sendo assim, o homenzinho fez como S. Tomás, naquele dito que o povo conhece – faz o que ele diz e não o que ele faz. Isto quer dizer que o Reino Unido tem, de facto, o seu St. Thomas, que se pronuncia como “tomas”, tal a expressão que acompanha o manguito do Zé Povinho.

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