No que toca a pôr o pé no acelerador, não há "pai" para este Governo; pelo menos para os dois amigos, com as mesmas iniciais de apelido - Costa e Cabrita. Poderão os habituais defensores dizer que não iam eles ao volante, e eu acredito. No entanto, iam no carro, são eles que mandam e controlam, pelo menos com exigência de mais cuidado e responsabilidade, se souberem o que isso é.
Supõe-se que Cabrita ia pelos 200 km/hora na altura do acidente, mortal para um trabalhador da estrada. Supõe-se que Costa ia à mesma velocidade, porventura a pensar na bazuca. E isto de supor tem a sua razão de ser: os radares-tesouraria à beira das estradas estão lá só para apanharem o pagode-pagante, o zé-ninguém, o "tuga", enfim o cidadão "vulgar de Lineu". Quanto ao risco de circular a esta "mecha", que num dos casos até "voava" no alcatrão com um carro apreendido, não parece contemplar estas criaturas; só há risco quando o cidadão que não governa, como eu, passar os 120 km/h na auto-estrada.
Da impunidade de Cabrita, nem vale a pena falar. Está protegido. Da impunidade de Costa, que também está protegido, quer a Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACA-M) saber se as forças policiais detectaram o carro de António Costa na A1 a circular a 200 km/h. Podem esperar sentados.
Não estará esta gente à beira de dar lugar a outros? Como diz o povo: o que há-de ser ao tarde, que seja ao cedo.
Francamente não sei o que leva o PM o prolongar a "vida" do Cabrita enquanto ministro, pródigo em trapalhadas e em tropeções nunca explicados. Por bem menos, O Cavaco demitiu um ministro que contou uma inofensiva anedota e o Sampaio-Presidente demitiu um Governo!... A memória às vezes é curta!...
ResponderEliminarOlá, Amigo
EliminarO PM conta com a "compreensão" do eleitorado, que ainda lhe garante o primeiro lugar no pódio. Enquanto isso, ele sabe que, estando um ou dois ministros debaixo de fogo, estes acabam por ser os bodes expiatórios - e justos - de toda a barracada governamental.
Costa é um perito na corda bamba do poder. Pé ante pé sobre a corda, leva a vara Marcelo para se equilibrar. Até agora tem-se ajeitado no equilibrismo; mas também sabe que, se aquilo falhar, está a "rede" dos partidários para o aparar na queda.
A memória é curta quando a oposição não a aviva. Já o mesmo não faz o partido do Governo, que vai deitando mais achas na fogueira das culpas da troika e Passos Coelho sem falar dos desmandos do socretino. É uma espécie de comprimido que auxilia a memória em época de exames, mas só na matéria que lhes interessa.