Este senhor Boris, primeiro-ministro britânico, é um caso de estudo. Não digo que seja um caso de estudo de estética capilar, porque aquele penteado é o protótipo de não-penteado, que não viu pente. Refiro-me, isso sim, à sua demagogia e modo de estar na política como primeiro-ministro de um reino onde, pelo que me parece, vence quem é reinadio.
Este senhor faz-me lembrar um outro, do lado de lá do Atlântico, cujo agora já não manda na nação americana, com nome de um sobrinho do Tio Patinhas, na BD reconhecido como Donald, mas a que acrescenta o apelido Trump.
Ambos parecem a mesma coisa, se é que em algum momento de governo foram coisa diferente. Pegam-se ao lugar, fazem as figuras que fazem, mas a supercola, com que se agarram à cadeira, é das fortes. São do género de quem não quer saber da fama, sendo bom o proveito.
O senhor Boris somou recentemente no seu currículo um escândalo, entrando ou promovendo festas particulares entre alguns membros do seu governo, impedidas a todos os súbditos do reino em tempo de pandemia. Há inclusive uma vaga de revolta no seu próprio partido, o Conservador, com um dos seus membros, David Davis, a pedir-lhe que saia “por amor de Deus”.
Ninguém lhes ensinou que o poder é ténue como um fio de seda. Só engrossa como calabre nas ditaduras, cuja única via de circulação está liberta do tráfego de opositores; e destas temos (maus) exemplos a oriente, onde quem manda e quem ajuda a mandar andam de barriga cheia e gordos como lagartas.
O britânico não quer saber, ainda que lhe britem os ouvidos com ameaças. É o sais!... Nem "pelo amor de Deus", como lhe pediu o David, porque o homem tem mais amor a si próprio. Apressado esteve em retirar o seu reino da União Europeia, com aquele rendilhado de razões ditas em forma palavrosa, mas no que toca ao seu retiro, o tanas!
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