No que toca ao tema dos futebóis não gosto de tocar. Já basta a confusão que vai por ali, os casos mais assombrosos que não lembrariam ao mais refinado ficcionista na matéria. Neste modo de pensar, vou pronunciar-me sobre a “tabela” dos castigos aplicada pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol, cuja é feita à medida do gosto do freguês ou, para não ser tão mauzinho, à medida da “gravidade” do castigo. São os desabafos federativos.
Toda a gente tem clube, mesmo aqueles que não têm partido político preferido, pelo que a tabela da FPF é flutuante, consoante o gosto ou o cuidado dos “castigadores” e das suas "preferências".
O mais recente caso da aplicação da tabela dita: um pontapé é menos grave que uma estalada e uma cabeçada no nariz do adversário ainda é menos gravoso que os dois casos anteriores.
Se não, veja-se: o jogador Palhinha deu uma bofetada no adversário, apanhou 3 jogos de suspensão; o jogador Marchesín deu um pontapé no adversário, apanhou 2; Uribe deu uma cabeçada no nariz de um adversário, apanhou 1 jogo. Tendo em atenção que o maior castigo pela menor falta foi aplicado a um jogador português e os menores a jogadores emigrantes, quer-me parecer que os dois pesos ou as duas medidas são a favor dos últimos, segundo e de acordo com as boas regras da hospitalidade.
No meu tempo da escola, as professoras e os professores castigavam com uma estalada (ou mais) os alunos mais relapsos ou indisciplinados. Se houvesse uma Federação Portuguesa de Ensino Primário, imaginem os alunos verem-se “livres” das aulas durante 3 dias!
Já agora, também li que para o Tribunal da Relação de Guimarães, que decidiu nessa instância superior qualquer coisa como isto: chamar “burro” a um GNR não é ofensa, é “desabafo”. Com esta decisão, já sabem. Se querem desabafar….
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