A trapalhada dos votos dos eleitores portugueses no estrangeiro faz-me lembrar o arremedo das eleições para os corpos diretivos das associações locais sem fins lucrativos. Com tanta demora, prazos que acabam em outros prazos, o próximo Governo está para vir com calma, porque isto até se faz com duodécimos. Nem sei por que tanta celeuma à volta de um orçamento morto e ressuscitado ao terceiro dia do Parlamento!
A presidência da República, por imposição constitucional, vê-se à semelhança do progenitor sentado no banco do jardim a ver os petizes nos baloiços. E pouco mais fará do que tirar umas fotos… no jardim.
Podia dizer-se que o lapso de tempo à espera daria para o Dr. António Costa escolher um Governo à sua maneira. Julgo que não será preciso. O ex e próximo primeiro-ministro já o terá alinhavado antecipadamente. Por isso, julgo que ele não precisa deste tempo de espera porque, como cantam os Xutos & Pontapés, já tem “a carga pronta e metida nos contentores”. E, se interrogado, bem podia dizer aos jornalistas, ainda com o mesmo refrão – “É uma escolha que se faz, o passado foi lá atrás”.
Alguns dos líderes seus opositores também poderiam optar pela segunda estrofe da dita canção - “Adeus aos meus amores que me vou”.
O povo, segundo ouvia quando era garoto, sempre vai "cantando e rindo".
Ah ah ah, muito bom, ainda que os Xutos não tivessem em mente essa analogia quando criaram a letra, poderia utilizar-se também aquela parte de "adeus aos meus amores que me vou, para outro mundo", que poderia referir-se à malta que "basou" de Portugal à procura de melhor qualidade de vida.
ResponderEliminarTermino com um "porreiro pah!" 😄
Pois é, Nuno, as letras das boas canções nacionais "entram" em qualquer lado, empolgam, comparam e encaixam em muitas das particularidades da vida nacional.
EliminarAinda dentro desta, parece que "mudaram todas as cores" e ainda "rugem baixinho os motores". Às vezes até apetece experimentar a nave e "voltar a zero num planeta distante", porque por este mundo e neste retângulo, não parece persistir a "memória de elefante" que os Xutos têm na letra.