quarta-feira, 19 de setembro de 2018

ALTAS CAVALARIAS SEM CAVALOS

Nem sei por que raio de ideia fui abrir este espaço. Já tinha outros com que me preocupar, não precisava mais um. Há ainda a considerar que não abri este jornal - que, contrariando a génese do termo, nem sequer é diário - para falar mal deste ou daquele, daquilo ou dacolá.
"Altas cavalarias" é uma expressão popular que tem vários significados, de que ressaltam temeridade, audácia, coragem ou arriscar um projecto ou empreendimento acima das capacidades.
É o caso.
Para já, nada de respeitar aquilo a que se chama o Novo Acordo Ortográfico, enquanto este não for revisto e respeitar a verdadeira Língua Portuguesa. Depois, há que respeitar as opiniões dos outros, assim como peço que respeitem as minhas, mesmo que estejam em desacordo com elas. Por último, não há política, religião, xenofobia ou outra qualquer fobia neste blog. Pelo contrário, pretende o mesmo seguir os passos da cultura, da arte, da informação, das efemérides, das notícias de primeira página e da últimas, do comentário pessoal (ainda que, por vezes, azedo), daquilo que der na gana do autor desta coisa.
Mesmo que não tenha visitantes, continuarei a escrever aqui. É vício antigo. Sempre gostei destas lides e, como diz o povo, lá vou "segurar a cabra para outros mamarem". 
Gosto de cavalos, sei montar a cavalo e sei que cavalo de campo não bebe água de balde. Não tenho índole de D. Quixote - esse sim, de cavalarias muito altas - nem me confino em intrigas de mesa de café. Livre como o vento, se quiserem seguir-me, façam o favor...

7 comentários:

  1. Bom dia Santos Costa

    Já vi e confirmei, que o meu amigo (com o significado e alcance da amizade beirã) tem mais fôlego que o Bandarra e o Padre Costa, juntos.
    Corre-lhe no sangue, este gostinho pela história, pelos valores que nos conformam e ainda animam, nesta sociedade cada vez mais obscura, maledicente, mais individualista....
    Por tudo isto, considere-me, desde já, seu "Seguidor".

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    1. Caríssimo Amigo
      Dr. José Avelino

      Nem como o Bandarra, que usava a intuição e o espírito, nem como o Padre Costa, que usava o instinto e a matéria.
      Corre-me nas veias o plasma da comunicação, à mistura com outros ingredientes, de que não andam longe alguns eritrócitos de crítica social, muitos leucócitos de ironia e poucas plaquetas de maledicência.
      É um espaço que difere de outro, que tenho activo,porquanto este vai procurar ser mais abrangente na leitura de assuntos correntes, comentário e crítica, em espírito por vezes sério e outras vezes galhofeiro.
      Agradeço-lhe ser um "Seguidor" deste espaço, sendo até o primeiro.
      Abraço

      Santos Costa

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    2. Amigo Santos Costa os meus agradecimentos pelo convite à participação deste blog e os meus parabéns por mais esta iniciativa.
      Decidi vir aqui partilhar mais uma coincidência em que a minha vida tem sido fértil nos últimos tempos. Acontece que no dia 18 p.p. à noite, acabei de ler o romance Ernestina, de J. Rentes de Carvalho (autor que recomendo vivamente). Uma das personagens chamava-se José Valério. Qual não é o meu espanto quando, no dia seguinte de manhã, acedendo ao “Altas Cavalarias” vejo o primeiro comentário subscrito por… José Valério. Ainda se fosse José António, ou José Manuel, ou João qualquer coisa…mas logo José Valério!!!! Lembrei-me do espanhol que dizia “(…) pero que las hay, las hay.”

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    3. Peço desculpa pela troca do nome - queria dizer José Avelino (queres ver que a idade me trouxe também a dislexia???!!!)

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    4. Caro Dr.Luís Rente

      Não é dislexia, porque acontece com todos. A mim, por exemplo, ainda há pouco tempo troquei o nome de um ex-colega amigo por o de outra pessoa,na presença do próprio, apenas porque o apelido é comum.
      Certamente que o Dr. José Avelino não se incomoda. É uma pessoa excepcional, um dos melhores juízes com que conta a magistratura portuguesa.
      Aproveito o ensejo para lhe dizer que me foi entregue, em duplicado, o jornal "Ponto de Exclamação!". Vale a pena ler e ter este periódico, onde se nota o "dedo" do meu amigo. Bem escrito, bem estruturado, abordando vários assuntos e temas, que extravasa o círculo editorial regional que preenche. Não admira, dado ter o seu "dedo" na equipa redactorial do jornal. Publicamente, dou-lhe os meus parabéns.
      Se me permite, reproduzo uma máxima que consta em tarja horizontal na página 3, da autoria de Erasmo de Roterdão" e que diz: "A pior das loucuras é, sem dúvida, pretender ser sensato num mundo de doidos". Ainda não chegámos a esse mundo porque, felizmente, ainda há um bom naipe de sensatos, embora eu me situe na fronteira entre os dois extremos.

      Abraço

      Santos Costa

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  2. Luís Baptista-Martins21 de setembro de 2018 às 07:03

    Seja bem-vindo à blogosfera.
    É sempre com muito gosto que leio as suas opiniões, provocações, insinuações ou investigações em português moderno, com ou sem acordo, mas sempre actual e de fácil percepção. A sua intervenção é um contributo para a divulgação da região e um contributo para a vida cultural das nossas terras. Bem-haja
    Abraço

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    1. Caríssimo Jornalista
      Dr.Luís Baptista-Martins

      É também com muito gosto que recebo o seu comentário e a sua opinião, pois também fui, em tempos, colaborador do semanário que tão bem dirige e que eu continuo a seguir como leitor. Curiosamente, era uma coluna muito politizada, com doses de humor, por vezes corrosivas, sinal de que a minha bílis era de molde a extravasar por algum lado (e tanto assim foi que, efectivamente, foi-me extirpada a vesícula).
      Sigo os seus editoriais e as peças dos comentadores, que são alguns e bons, mesmo que as ideias ou os ideais dessas colunas de colaboradores de opinião nem sempre sejam paralelos aos meus. E em Democracia é assim, apreciarmos quem expõe as suas ideias com frontalidade, sejam paralelas, perpendiculares ou assimétricas aos nossos conceitos e valores.
      Agradeço a sua visita e o seu contributo.
      Abraço

      Santos Costa

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