Evoque-se Santa Catarina, advogada de boa memória, para que se resolvam
questões que passaram ou estão para passar décadas sobre os casos abertos,
reabertos e escancarados.
Uma estremedura é um limite, uma fronteira. Uma extrema dura é qualquer
coisa que se compara a um extremismo exacerbado.
Sim, revolvo o caso falado, rebatido e que anda cantado de outeiro a
outeiro, possivelmente em cantigas-de-cego se ainda fosse costume, sobre o que andou a fazer Ronaldo pelas américas e com uma determinada
americana, a qual, diga-se a verdade, demorou nove anos a acordar de uma
letargia paga, depois de sacudida por um movimento que se apelida de Me Too.
Não sei o que se passou, não faço como a cunhada da outra que poria as
mãos no fogo pela dita ou pelo dito. Apenas estranho.
Há uma onda que começou justamente por todas aquelas que sofreram
ataques sexuais de poderosos, nalguma maioria de casos pelo poder que os
desalmados tinham sobre elas. De repente, tudo acordou, passados não sei
quantas décadas, como foi o caso das supostas ou verídicas tentativas de violação
do juiz americano. É um ver se te avias! Os advogados "yankes" andam a farejar esta clientela com igual ou maior denodo do que o Diabo atrás das almas.
O centro da “coisa” é a América, onde acontecem coisas mirabolantes, patranhas e artimanhas, outras
tão gritantes como o tamanho do Grand Cayon e outros muitos brados que cabem no
cu do lobo, como se costuma dizer na aldeia.
Haja bom senso. Leve-se ao pretório e à barra da Justiça quem abusou, mas não se
abuse de delações e queixas com base em suposições. Este clamadouro entrou na moda, leva na enxurrada quem serviu para se servir. Depois do Me Too, os ditos
violadores serão apontados nestas ritualidades jurídicas e apelidados como You Too. Até lá, estas achas entram
na fogueira que os advogados pretendem acesa para puxarem as suas brasas (e que
brasas!), ainda para alumiarem a vaga do povo leitor e ouvidor dos media, à
míngua de outras ocupações para consumirem os dias.
Um ditado medieval vem dizer-nos que “muita zoada é sinal de pouca
cousa”, ou ainda esse mais contemporâneo que avisa: “muito trovão é sinal de
pouca chuva”. A questão aqui nem é de zoada nem de trovão. É uma questão de
dinheiro, não só em cifras idênticas àquele que comprou o silêncio durante quase uma década, como o que (tudo o indica) se pretende para colocar uma pedra sobre
o assunto; só que, desta vez, com advogados na coisa, a parada sobe muito mais
alto.
Sem comentários:
Enviar um comentário