terça-feira, 4 de maio de 2021

NOVO BURACO

 

Parece não ter fundo, sempre à espera de fundos. O Novo Banco – aliás, o Novo Buraco – é insaciável. Assim foi permitido pelo péssimo negócio com a Lone Star (Estrela Solitária), que mais me parece a bicha solitária no corpo do tal buraco. Sorve com tal sofreguidão, que até se pode ouvir o ruído da deglutição. E arrota…

Agora querem mais 10,8 mil milhões (mil milhões, não são apenas milhões). De uma forma ou de outra, cada português está a contribuir para tapar o buraco, resultado de más políticas de “perfuração” no sistema bancário e no sistema governativo.

Se julgam que isto é uma falácia, saída do bestunto desta cavalgada crítica, experimentem ouvir uma avisada aldeã quando uma criança abre a boca num bocejo: “Anjo bento, o Espírito Santo te entre pela boquinha adentro”. Reparem que “Espírito Santo” faz parte da reza (não foi introduzido por matreirice), mas substituam “boquinha” por “buraco”.

Sem fim à vista, este Novo Buraco irá transformar-se em Velho Buraco. E já teremos sorte se, cada um de nós, não cair nele.

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