sexta-feira, 27 de novembro de 2020

LÁGRIMAS DE QUÊ?

 

Não aprecio muito vir a este blog com um assunto já aqui abordado. Faço-o hoje porque li a notícia que narra ter a primeira-ministra dinamarquesa Mette Frederiksen  deitado umas lágrimas e pedido desculpa pela sua gestão da pandemia, principalmente pelo abate de milhares de visons.

Foi por pena daquelas vidas, que estariam de qualquer forma condenadas a darem a pele? Ou pelo prejuízo que deu tal abate dos milhões de visons criados para o efeito nas 1.139 quintas?

Durante o discurso e choradeira, a senhora mantinha na gola uma espécie de pele, suponho que seja sintética.

O maior importador daquele mercado é a China, imaginem! Talvez aí sejam preparadas as peles dos casacos e carteiras que as grandes marcas vendem à extrema riqueza mundial, a qual, por sua vez, chorará por haver falta de material para os seus adornos e sinais exteriores de vaidade.

Estes nórdicos são muito sensíveis!... É melhor ficar por aqui.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

O COW-BOY QUE CAIU DO CAVALO

O "ainda" presidente dos Estados Unidos da América não me mereceu, neste blog, mais do que um comentário anterior, onde utilizei o mesmo cartoon que hoje exibo. Não foi porque não deixasse de fornecer matéria para isso, tal a imensa colecção de partes gagas e trapalhices por ele cometidas, mas por respeito para com a generalidade do povo americano.

Política à parte - tanto me faz estar lá A como B, burros ou elefantes, democratas ou republicanos – embora saiba que a política norte-americana tem muita influência no Mundo de hoje (principalmente na Europa) abstive-me de comentar a série de avanços, recuos, mentiras e demais tropelias que saíram deste ocupante da chamada Sala Oval. Apenas me ficou a imagem do dito senhor a colocar a sua assinatura em decretos como se estivesse a desenhar cartazes, à guisa de parangonas que depois exibia perante as câmaras de televisão.

Se houve influência da Rússia na sua eleição, há quatro anos, não tenho a certeza, mas não me custa a acreditar que assim tenha sido. A Rússia, que voltou a ser soviética, quis ajudar a colocar no poder americano alguém que fragilizasse a potência adversária através do ridículo. E conseguiu-o.

O senhor presidente em causa tanto esporeou a montada que acabou por saltar pelas orelhas desta. Mesmo no chão, o dito (presidente e não o cavalo) ainda acredita que está sobre a sela, em plena cavalgada. Já nem é merecedor de raiva, mas de dó. Em dó menor, entenda-se.

domingo, 22 de novembro de 2020

LICENÇA PARA TUTOR


 

 Esta coisa da pandemia faz com que alguns aproveitem a "pandeladra" dos canídeos para poderem sair à rua em horas de confinamento (e não são poucas). Têm um cão de quem são tutores ou donos e, se já saíam antes com eles, agora saem muito mais.

Como não possuo cão, nem há negócio de aluguer desse ramo, cá fico a correr os dedos pelo teclado e a colocar as meninges em funcionamento.

Há um bom amigo meu que passa à minha porta com o seu cão, cujo nome (fictício para o caso) é Mascarilha. Isso deu-me para pensar – e quem pensa, segundo as regras da gramática, pensa alguma coisa – arranjei uma espécie de silogismo para classificar a legalidade inquestionável da situação. Vai daí, mandei uma mensagem ao felizardo que assim adquire carta branca para sair do “convento”. Foi esta…

O Mascarilha pode andar na rua, o meu amigo não. Ou seja: para o meu amigo andar na rua, tem de ser levado pelo Mascarilha. Pensando bem, suponho que o Mascarilha tenha de ter licença para ter o meu amigo”.

Ao fim e ao cabo, os dois apareceram mascarados: o Mascarilha com aquela espécie de máscara natural nos olhos; o meu amigo com a máscara abaixo deles.





sábado, 21 de novembro de 2020

PIO II E O PADRE COSTA

 


O nome Eneias Silvio Piccolomini não diz nada aos leitores de hoje. Foi poeta, estudioso, sacerdote e diplomata, que ficou a 297 filhos do Padre Costa – só fez gerar 2. Isso não o impediu de ser autor de um bestseller do século XV, provavelmente escrito em 1444.

Essa sua novela erótica foi escrita em latim e intitula-se historia de duobus amantibus ou “ A História de Dois Amantes”, e foi uma das mais lidas em todo o Renascimento. A trama urdida por este professor de Florença, ordenado padre posteriormente (que até veio a Portugal a pedido do imperador Frederico III), versa sobre o amor proibido entre Euralio, um oficial com alto cargo junto do Imperador Segismundo e Lucrecia, uma senhora casada originária de Siena, na Itália.

O papa Nicolau V nomeou-o bispo de Trieste, mais tarde tornou-se bispo de Siena e depois conselheiro do Império, ao tratar do casamento de Frederico III com D. Leonor de Portugal, que ele negociou quando aqui esteve. Em 1456 foi-lhe também outorgado o título de cardeal de Santa Sabina.

Até aqui, nada de mais. Porém, 14 anos depois de ter escrito a obra, já nomeado cardeal em votação unânime, foi coroado papa, assumindo o nome de Papa Pio II. Assim ocupou o trono de S. Pedro durante seis anos até falecer.

A ter existido o lendário Padre Costa de Trancoso (contemporâneo de Pio II), se ele fosse tão publicista como procriador, teríamos uma estante completa das suas obras. Acontece que a única ficção que conhecemos sobre este, foi ela escrita por mim.


sexta-feira, 20 de novembro de 2020

NÃO, NÃO ENGOLI O "SAPO"

 

Em post neste blog, com data de 12 do corrente mês, sob o título “O SAPO SALTOU POR CIMA DO CASTELO”, referi a indignação que me causou  a omissão da fortaleza e das muralhas de Trancoso numa peça inserida no portal SAPO/Viagens.

Acontece que tendo lido esse desabafo, um amigo meu e um dos bons defensores da sua terra, apareceu-me com uma prenda, devidamente embrulhada, como consequência desse artigo. Era um sapo de barro (reproduzido em abertura) cheio de rebuçados.

Achei graça ao gesto, agradeci-lhe e, por incrível que pareça, acalmei a indignação, ao ponto de hoje ter o assunto encerrado. De qualquer forma, a editora da secção teve o cuidado de, posteriormente ao meu post, apresentar a justificação, uma vez que o eventual lapso cabia aos autores da peça. Ao mesmo tempo, enviou-me dois links onde Trancoso foi merecedor de referência no portal SAPO.

Para encerrar o processo, pela minha parte respondi que havia um terceiro link – este da minha autoria – onde Trancoso esteve em destaque, publicado em 7 de Dezembro de 2017 no SAPO. E é deste que, pela minha parte, com os desejos de um bom fim-de-semana para os Leitores, exponho a seguir a ligação respectiva:

https://24.sapo.pt/vida/artigos/trancoso-se-sete-vidas-tivesse