quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

EU E ANTÓNIO COSTA SOMOS PORTUGUESES, DAQUI!...


Para os poucos que seguem habitualmente este blog, não passa despercebido que eu “ataco” António Costa, na qualidade de Primeiro-Ministro quando, no meu modesto entender de cidadania, acho que as coisas não estão bem. Isso não impede de respeitá-lo como pessoa e como português, que é.
Tenho lido e ouvido expressões de autêntica carga xenófoba quando se referem à ascendência paterna de António Costa, tratando-o (ou insultando-o) como “monhé” ou mesmo indiano, chegando a dizer esta aleivosia disparatada: “vá para a terra dele”.
Ainda recentemente, numa conversa de café, lá veio um com a estúpida afirmação que o homem não era daqui e que fosse para a terra onde nasceu. Ignorância, sacanismo, xenofobia, até canalhice, esta afirmação. Muito pacificamente, como é meu timbre, disse à pessoa que António Costa nasceu na mesma casa onde eu nasci dez anos antes dele – Maternidade Alfredo da Costa. E que ele era tão português como eu, pelo que se tivéssemos de ser deportados para a “nossa” terra, já nenhum de nós saberia de onde vieram as suas origens, talvez até dos Godos e Visigodos (povo germânico). E quem diz estes, poderá acrescentar os Estrimníos, os Sefes, os Cempsos, Fenícios, Cartagineses ou Celtas, entre outros, no total de 17.
É bom que se deixe destes nacionalismos bacocos, e destes insultos baratos e muito baixos, que até não têm razão de ser; e se julgue que a Pátria é de todos nós, os que somos portugueses, independentemente do local do nascimento.

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