sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

A "FUGA" DE LISBOA E PORTO



A companhia nacional ferroviária espanhola, Renfe, fez um favor ao Ministro do Ambiente português. Num mapa que pôs a circular numa revista da empresa, colocou as duas principais cidades de Portugal fora das zonas de risco da subida das águas do mar. Isto aconteceu no desenho do mapa elaborado pela companhia. Tanto Lisboa como o Porto (Oporto) deslocaram-se mais para “dentro”: Lisboa quase encostou a Santarém; o Porto ficou na vizinhança de Lamego.
Se repararem bem (aumentando o desenho, clicando nele), Elvas já não tem Badajoz à vista, como diz a canção, pois ficou a mais uma centena de quilómetros de distância da fronteira, enquanto Vigo saltou a cerca para o lado de cá, pelo que está afastada a possibilidade de errar apenas no território dos outros.
Na rede Twitter, que é uma espécie de diário do governo mundial, a empresa já veio corrigir o erro (o que lhe fica bem, pois errar é humano) - “Pedimos desculpas pelo que foi uma falha no desenho ao ajustar a disposição das linhas no mapa em todo o território”. Nisto da gestão de ferrovias, está visto que é sempre um problema de linhas.
Como o ministro já tinha avisado para a deslocação de aglomerados populacionais das zonas de inundações (é ver no post deste blog do dia 28 de Dezembro último), este mapa veio mesmo a calhar.

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