segunda-feira, 12 de junho de 2023

HÁ LIMITES…

 

Neste comentário, vou ser breve.

Trata-se da mais recente polémica, surgida nas comemorações do 10 de junho em Peso da Régua, quando o primeiro-ministro António Costa se indignou com o que viu nos cartazes com que o confrontaram. Indignou-se, fez questão de manifestar o seu repúdio. Eu faria o mesmo que ele.

Embora os cartazes já andem por aí desde fevereiro (segundo dizem os mais atentos), não me parece uma forma de reivindicar, quando se utiliza aquilo que fere e achincalha a figura humana, um primeiro ministro ou seja ele quem for, com um focinho de porco e com lápis espetados nos olhos.

Fui cartunista e caricaturista ao longo de oito anos, num semanário político de Lisboa, posso dizer que passei à crítica, da direita à esquerda, passando pelo centro, sem ultrapassar a linha vermelha do decoro e da decência. Com o achincalhe, o autor sai sempre a perder.

Abuse-se da caricatura de estender o nariz a quem o tem maior, mais abatatado, o queixo mais proeminente ou a forma de cabelo, os olhos bugalhudos, ou seja, todo o exagero que transfigura o caricaturado deixando-o identificado ao primeiro olhar. Mexer no rosto daquela forma, se bem que ao abrigo da liberdade, não concordo.

Se pensarmos que este cartaz veio do meio de quem educa, não escrevo mais nada, porque prometi ser breve.

1 comentário:

  1. Concordo plenamente... como professor nunca poderia subscrever tamanho disparate. Abraço amigo

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