domingo, 9 de fevereiro de 2025

A SAÚDE ou FALTA DELA

 

É miserável, para não dizer pior, o estado do SNS em Portugal.

Sinto-o na pele, sentimo-lo todos os cidadãos não arregimentados a ideários falseados pela hipocrisia e dialética política.

Caiu no fundo.

Numa região em aceleramento desértico, como é o Interior, colocar médicos contratados por empresas estrangeiras, que os esbulham à guisa de escravatura, que mal sabem falar, ler e interpretar o Português, nas ULS distritais e Centros de Saúde concelhios, é como largar e desprezar a saúde dos Cidadãos que votaram nos representantes que os deviam proteger.

Segundo apurei, há empresas que contratam profissionais de saúde para os Centros onde a maior parte da população – e ainda a mais necessitada – não possui médico de família. E essas empresas, supostamente orientadas por “lobbies”, aproveitando as lacunas abertas por falta de profissionais e inépcia dos Ministérios, capitalizam por contratos (direi, supostamente nebulosos), os profissionais que certamente estarão credenciados – julgo eu -, embora com as limitações supra referidas, recebendo estes uma quarta parte do valor pago pelo Erário Público, ficando as três quartas partes para estes novos “capitães dos quintos do ouro” na época brasileira.

Escrevi atrás – “julgo eu” – porque vi uma pauta de avaliação do exame de equivalência dos médicos estrangeiros, de 2015, onde eram 21 a concurso, 1 reprovou e 8 não compareceram .

Sobre este pormenor dos médicos atribuídos (de família) há ainda a apontar o cúmulo de, com a sua falta, terem de recorrer aos Centros de Saúde, às URGÊNCIAS, aqueles que não têm médico de família atribuído e, com isso, competirem na fila da consulta, com meras requisições para pedidos de atestados médicos (máxime para renovação da licença de condução) ou simplesmente leitura ou requisição de análises clínicas.

Há três provérbios portugueses complementares: manda quem pode, obedece quem deve; manda quem pode, obedece quem quer; manda quem pode, obedece quem serve.  É uma tripla para escolha única. A questão deve colocar-se ao Povo, quando vota.

Sem comentários:

Enviar um comentário