A EDP terá ao seu serviço aqueles engenheiros que se ocupam da produção e cortes de energia, bem como das fugas que a dita possa ser submetida por malabarismos de terceiros. Também conta, no entanto, com engenheiros fiscais, daqueles que se ocupam da produção de rendimentos para a empresa e, ao contrário de se livrarem dos que furtam energia, eles próprios de preparam para a empresa se furtar a obrigações e livrar-se dos impostos do Estado.
Com o beneplácito ou apoio da lei e do último Orçamento de Estado, nos buracos que se preparam para estes casos de graúdos, o certo é que uns milhões (110 milhões, só à vista) deixaram de entrar no Erário Público, onde o pagante contribuinte vê entrar legitimamente os seus impostos.
Em causa está o imposto de selo pela venda de seis barragens no Douro, retirado da tributação por uma manobra engenhosa que aproveitou uma abertura feita pelo Orçamento na barragem da tributação fiscal.
As engenhocas no papel e no excel levaram a uma cisão de activos para uma empresa "à maneira" controlada pelos mesmos engenheiros financeiros, tudo isto num "quadro" de reorganização dos ditos activos e participações. Quando chegou a hora da venda das acções, a compradora francesa já tinha uma outra empresa chamada Águas Profundas (e bem profundas, diga-se), criada pela Engie após o anúncio da venda. Ou seja, a Engie comprou, a EDP vendeu e os Anjinhos somos nós, os que cumprem.
A provar-se a tal engenharia com o apoio da lei criada para o efeito, é caso para pedir a reorganização dos activos, que são no caso o presidente da empresa e o ministro das Finanças, substituindo-os por outros géneros mais respeitadores das obrigações a que todos estamos sujeitos.
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