sexta-feira, 5 de março de 2021

O ICONOCLASTA

Há um marmanjo, cujo apelido termina em "ões" (como limões ou outras rimas à vossa escolha), que teve a peregrina ideia de dizer que se devia deitar abaixo o Padrão dos Descobrimentos. Imaginem! O homenzinho até já deve ter os planos para a operação, qualquer coisa como deitar um laço ao pescoço da figura do Infante D. Henrique e puxar o barco para dentro do rio.

E o porquê desta ideia saída de uma carola, para mais quando a dita foi eleita e se encontra na assembleia do povo? Porque tem a ver com a História de Portugal, um significado não tão importante para o senhor como o seria se estivesse ali Marx e Engels abraçados com uma garrafa na mão.

É certo que o homem é de esquerda, tanto que me parece da esquerda da esquerda (se estivesse em Inglaterra, conduziria pela valeta da estrada mais à sinistra), mas há-de pensar que nem todos os Portugueses têm ideias tão "iluminadas". Nem tão estapafúrdias. 

E, finalmente, se na dita representação parlamentar o caramujo está de boca fechada, esta foi uma boa ocasião de a manter assim, para não destoar.

2 comentários:

  1. Esse dito se levasse um pontapé em algo que rima com o nome dele talvez acordasse e percebesse que quem não respeita o passado, não é digno do presente, nem merece o futuro

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    1. Nem mais. Suponho que ele tem o direito a ter as suas opiniões e até a deitar abaixo, com martelo e picareta, o que lhe pertence. Acontece que o Padrão não é apenas dele, é de todos. Também, ao contrário do que ele pensa, nada ali há que represente o regime que ele tanto abomina. Depois, quer se queira ou não, a História não pode ser reescrita, quer tenha de bom ou de mau. Os descobrimentos em si, não me envergonham.
      Este mesmo senhor escreveu que o "25 de Abril de 1974 não foi uma revolução, foi uma festa. Devia ter havido sangue, devia ter havido mortos".
      O homem veio depois a dizer que não empregou isto em sentido literal, foi simbólico.
      Ou seja, qualquer coisa que se possa dizer deste senhor, só pode ser simbólico, porque literal já ele é.

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