quarta-feira, 31 de março de 2021

DE CADETE A ALMIRANTE

Vou desde já avisar que não percebo nada de 5G, porque tanto me parece aplicado às ondas de propagação na internet em dispositivos móveis, como me confunde com a unidade de aceleração ligada à vibração e ressonância dos tecidos dos organismos, como constatam alguns (poucos) pilotos da aviação. 

Se a força gravitacional quase faz sair pelo escape os submetidos a ela, as ondas da internet entram com a maior das descortesias pelos buracos das fechaduras. Ora, com tal poder de penetração, naturalmente também penetram na política sem senha de atendimento. Se uma se aplica a quem circula a uma velocidade supersónica, a outra circula por si a uma ainda maior velocidade; mais ainda, sem o pagamento do imposto único de circulação (cujo nome é um eufemismo, porque não é o único imposto para quem circula), e sem a obrigatoriedade de coletes reflectores, triângulos de sinalização e do seguro em dia.

Também não percebo nada de ANACOM, acrónimo que reporta para a autoridade reguladora em Portugal das comunicações postais e das comunicações electrónicas, e não, como me pareceu a princípio, para aquela cobra gigante das Américas, com lautas jantaradas digestivas, lá chamada anaconda.

Também nunca estive na Marinha, mas sei que um cadete não é o mesmo que um almirante e vice-versa. 

Serve isto para dizer que me parece que na tal ANACOM, qual navio de guerra em alto mar, quem manda e desmanda é um apelido Cadete que faz as vezes de Almirante. O certo é que leva o barco para onde determina mandar, faz ouvidos moucos à concorrência do 5G e, pelo que li hoje, nem respeita as ordens de um tribunal.

Se o dito senhor - metaforicamente falando - subiu de cadete a almirante ou se foi despromovido de almirante a cadete, isso não conta para o caso, porque quem decide é ele. E o resto é conversa...

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