A palavra trabalho vem do Latim tripalium (três paus), que significa castigo ou tortura.
O tripalium do latim era, na verdade, constituído por três estacas colocadas em X e uma na vertical ou I a interceptar as restantes, fincadas no chão para servir de tronco para o castigo dos escravos na Antiguidade. Era assim um instrumento romano de tortura, no qual eram supliciados os escravos. Daí derivou-se o verbo do latim vulgar tripaliare (ou trepaliare), que significava, inicialmente, torturar alguém no tripálio.
Estes termos vieram a dar origem, no português e nas línguas de origem latina, às palavras "trabalho" e "trabalhar", embora no sentido original o "trabalhador" seria o carrasco, aquele que tratava do tripálio, e não a "vítima”.
Não sei por que razão o trabalho, tal como se concebe como motor de rendimento e de progresso, teve na fonte uma designação de tortura, muito embora haja alguns mandriões, madraços e relapsos que o tenham como tal.
Também não imagino a aplicação literal romana na actualidade, pois teríamos o Ministério do Tripalium ou dos Três Paus, quando não o Ministério da Tortura ou do Castigo. Pelo sim, pelo não, contentemo-nos em saber a génese e peçamos para que os ministros da pasta não constituam o epíteto original de “trabalhadores” (carrascos).
Por hoje não vos “torturo” mais com tal arrazoado.
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